Acabei de visionar uma reportagem, na qual me revi do início ao fim, que relatava testemunhos
de pessoas que, por motivos da vida, se viram obrigadas a emigrar. A deixar
para trás o País que as viu nascer e crescer, a deixar a família, os amigos. No
fundo, é ingressar numa nova etapa, mas é também deixar para trás um bocadinho
de nós. Revi-me em cada palavra proferida, em cada lágrima derramada na hora da
despedida. Senti a profunda dor e tristeza de quem, com os olhos rasos de água,
desejava apenas que o dinheiro fosse suficiente para poder comer, não pedem
grandes fortunas monetárias. A única coisa que desejam é ter a família por
perto. A verdade, é que só quem passa por elas é que entende realmente o quão
doloroso é estar longe de todos os que nos são queridos. Embarcar, muitas
vezes, rumo ao desconhecido, onde tudo é diferente daquilo a que estamos
habituados. A cultura é outra, o idioma também. As pessoas não são aquelas que
estávamos habituados a ver diariamente. Não é fácil adaptarmo-nos a um Mundo
diferente do nosso! É um ano que custa horrores a passar. Um ano onde os
ponteiros do relógio são demorosos e a distância, a nossa pior inimiga. A
saudade é a nossa companhia diária. Acompanham-nos em cada recanto, a cada
instante. É impossível conseguirmos ‘separar-nos’ dela. Ela é como uma parte de
nós que, inúmeras vezes, nos faz derramar uma ou outra lágrima. ‘Destrói-nos’
um bocadinho a cada dia. A motivação para todos os dias nos levantarmos e
termos força para enfrentar mais um dia, é o pensar que é menos um dia para
podermos regressar ao País que trazemos no coração. A vida de emigrante não é
uma vida repleta de luxos como muitos pensam ser. Nós passamos por muito ao
longo de todo o ano. Falta-nos a nossa ‘zona de conforto’. Falta-nos o carinho,
o amor incondicional da família. Falta-nos o apoio, o convívio com os nossos.
Não é uma vida fácil, longe disso! Mas, infelizmente, a vida não é sempre ‘o
mar de rosas’ que idealizamos. Por vezes é madrasta, obriga-nos a tomar
decisões, umas bem mais fáceis que outras, mas são inevitáveis, quer queiramos,
quer não. Dêem valor ao facto de poderem ter por perto todos aqueles que vos
preenchem, não esperem ter de emigrar, por exemplo, para aprenderem a
valorizar. Podermos estar com quem nos enche o coração, é a maior riqueza do
Mundo. Mas a verdade é que, infelizmente, as contas ao final do mês não se
pagam com amor. E muitos são os que se vêem obrigados a emigrar em busca de uma
vida melhor.
20/01/14
18/01/14
Felicidade
Sou apologista de que não são
necessários grandes luxos para que possamos ser felizes. Na minha opinião, a
felicidade está nas coisas simples, nas pequenas coisas que, por vezes, não
valorizamos como deve ser por serem tão banais. Um abraço apertado, um sorriso
sincero, reencontrar alguém de quem gostamos depois de algum tempo separados, ver
felizes aqueles que nos são queridos, concretizar sonhos, não só os nossos,
como também ajudar a concretizar os sonhos daqueles de quem gostamos, o sorriso
de uma criança, o amor de um casal depois de anos e anos de casamento,... São
coisas tão simples, que não custam nada, mas que têm a capacidade de me fazerem
sentir imensamente feliz. Ver um sorriso no rosto dos meus pais, ver o meu
irmão a tornar-se num homem cada vez mais maravilhoso, enche-me de felicidade.
E a felicidade é isso mesmo! É ficarmos felizes com a felicidade dos outros
também. Eu sou muito feliz! Tenho tudo o que preciso: Uma família maravilhosa,
amor incondicional e todo o carinho do Mundo. Se sou feliz?! SOU MUITO FELIZ!
14/01/14
CR7
Foi com o maior orgulho que ontem
vi o nosso Ronaldo a receber a Bola de Ouro. Foi um justo vencedor! Foi um
orgulho imenso vê-lo a fazer os agradecimentos em português, assistir a toda a
emoção que se apoderou dele enquanto agradecia à família e a todos os que, de
certa forma, contribuem para o sucesso dele. Já para não falar do amor
incondicional que mostrou ter pelo filho. A mãe, aflita, a limpar as lágrimas
que teimavam em cair ao ver o filho em cima do palco a receber o tão merecido
prémio. A namorada, com os olhos rasos de água. Qual foi o português que não se
encheu de orgulho ao ver a Bola de Ouro nas mãos do ‘nosso menino’? O homem
forte e firme, 'desfes-se em lágrimas' ali, perante todos os presentes e todos os que, tal
como eu, acompanhavam através da televisão. Afinal, os que muitos intitulam de
vaidoso e arrogante também tem sentimentos. Sentimentos esses que estiveram bem
presentes. Faltam-me as palavras para expressar o orgulho que se instalou em
mim ao ouvir o nome daquele que é, o MELHOR DO MUNDO. Foi feita justiça! Mas a
verdade é que ele já tinha a Bola de Ouro muito antes de a receber. Não haviam
dúvidas de que ele era, de facto, o melhor do Mundo. Ontem tivemos somente a
prova disso. O Cristiano Ronaldo é de Portugal, é do Mundo. Parabéns, campeão!
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